O pobre homem, perante aquele espectáculo verdadeiramente kafkiano, mingou. Aterrorizou-se de tal forma que começou a tossir, o catarro a querer sair, tentou levar a mão ao coração em sinal de percepção de ataque cardíaco iminente, quando a Monstra (ai, ai, ai), ainda a cavalgar, tomou-lhe os pulsos, ganhou algum balanço e chegou-se consideravelmente à frente sentando-se redonda em cima da cara dele. Se Fonseca pensava em falar podia esquecer, pois a mulher já se esfregava toda no seu nariz adunco, bradava impropérios e ordenava actos sexuais que para si eram autênticos mitos só possíveis em canais de televisão da especialidade. Em estado de absoluta e forçada mudez esperneou num claro sinal de falta de ar e Ricardina interpretou o gesto como prova conclusiva de prazer. Continuo soberba na cama, pensou, este enfezado já não vai a mais lado nenhum com essas vagabundas.
quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009
Este cheiro não é meu!
Eram quase quatro da manhã quando Fonseca desligou o computador. Quase sem fazer o menor som, instalou-se de barriga para cima ao lado da esposa que, pensava, dormia na paz dos anjos. Mal fechou os olhos foi assaltado: os noventa e sete quilos da senhora mais vermelho sexy mais rendas mais perfume de rosas montaram o esqueleto amarelo raquítico que segurava o bigodinho espremido de Fonseca e, em jeito de louca, quase esmagando o desgraçado, ordenou: “vai, me possui! Me espanca a bunda como se eu fosse um cavalo que eu vou-te montar como se fosses uma égua deslavada e sem vergonha!” E começou a movimentar-se frenética qual rapazinho de dois anos em cima dum pónei de plástico. “Ai, ai, ai” – gemia teatral.
O pobre homem, perante aquele espectáculo verdadeiramente kafkiano, mingou. Aterrorizou-se de tal forma que começou a tossir, o catarro a querer sair, tentou levar a mão ao coração em sinal de percepção de ataque cardíaco iminente, quando a Monstra (ai, ai, ai), ainda a cavalgar, tomou-lhe os pulsos, ganhou algum balanço e chegou-se consideravelmente à frente sentando-se redonda em cima da cara dele. Se Fonseca pensava em falar podia esquecer, pois a mulher já se esfregava toda no seu nariz adunco, bradava impropérios e ordenava actos sexuais que para si eram autênticos mitos só possíveis em canais de televisão da especialidade. Em estado de absoluta e forçada mudez esperneou num claro sinal de falta de ar e Ricardina interpretou o gesto como prova conclusiva de prazer. Continuo soberba na cama, pensou, este enfezado já não vai a mais lado nenhum com essas vagabundas.
O pobre homem, perante aquele espectáculo verdadeiramente kafkiano, mingou. Aterrorizou-se de tal forma que começou a tossir, o catarro a querer sair, tentou levar a mão ao coração em sinal de percepção de ataque cardíaco iminente, quando a Monstra (ai, ai, ai), ainda a cavalgar, tomou-lhe os pulsos, ganhou algum balanço e chegou-se consideravelmente à frente sentando-se redonda em cima da cara dele. Se Fonseca pensava em falar podia esquecer, pois a mulher já se esfregava toda no seu nariz adunco, bradava impropérios e ordenava actos sexuais que para si eram autênticos mitos só possíveis em canais de televisão da especialidade. Em estado de absoluta e forçada mudez esperneou num claro sinal de falta de ar e Ricardina interpretou o gesto como prova conclusiva de prazer. Continuo soberba na cama, pensou, este enfezado já não vai a mais lado nenhum com essas vagabundas.
Desmontou a presa, que suspirou de alívio indo imediatamente beber água fresca, e passeou-se em frente ao espelho contemplando as suas rendas e as suas formas redondas com orgulho e vaidade de adolescente iludida. Por fim adormeceram lado a lado.
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4 comentários:
demaisss... o que eu me ri!!!!
" Ai, ai,ai"
Genial!!! -;)
Estas cada vez melhor e muito bem humorada por sinal.
Há muito que não vinha ao teu blog e hoje estou a divertir-me.
... 97 quilos? Coitado do esquelético Fonseca.
Solidariedade Masculina (dica) ao Fonseca:
- Telefone para o Icieg e pede para falar com as Charlie's Angels.
Lol
Por que nao:)
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