sábado, 9 de agosto de 2008

The Man and the Guitar

Tive o prazer de assistir ao concerto dos meus queridos amigos “Nameless Project”, quinta-feira à noite, 7 de Agosto, no Auditório Nacional da Cidade da Praia. O Sori, o Helker, o Tico, o Ruben e o Dani são vistos pela comunidade como os metaleiros, pois ostentam as suas crenças bem à vista nas t-shirts pretas: All that is holly is Megadeth é só um exemplo. O concerto surpreendeu-me por não ter sido, de todo, um espectáculo de heavy metal agressivo, como muitos de nós ignorantes temos a mania de rotular, mas antes uma fruição de algumas tendências algo distintas que, de uma forma muito mágica, se complementaram na perfeição. Quando as largas cortinas vermelhas se abriram ao meio, ouviu-se um boa noite tímido do Sori, estrategicamente colocado no meio do palco apenas ocupado pelos vários instrumentos a serem utilizados e duas singelas cadeiras, educadamente pediu desculpa aos presentes pelo atraso e apresentou as linhas principais do espectáculo. Os primeiros dez minutos foram dedicados à guitarra acústica, com as vozes de Ruben e Cady, e a um momento insólito de partilha dum original do Sori. As cortinas fecharam. Quando voltaram a abrir, imponentes e pesadas, os quatro "Nameless Project" entraram e de guitarras, baixo e bateria bem afinados ofereceram ao público uma performance ímpar. Tocaram covers mas nem por isso perderam a originalidade e a rebeldia. Quem tem um lead man com um sorriso daqueles tem tudo!
Entretanto dei comigo a pensar: por que será que um qualquer homem empunhando uma guitarra é, automaticamente, um homem a verter sensualidade por todos os poros? Guitarra clássica vá lá, mas guitarra eléctrica é certeiro! Será que a guitarra, por si só, torna o homem mais sexy? Seria ele desprovido de tal atributo se tocasse, por exemplo, piano? Ao observar os metalheads em êxtase na sua performance concluí que a guitarra pode tornar o homem sensual mas a maneira como este a maneja pode torná-lo irresistível. É a perna direita que se apoia numa coluna, a bacia bamboleando para a frente e para trás, é toda uma pose do oh yeah que se constrói em torno do símbolo musical. E das fans. E dos gritos de ovação.
Acabámos a cantar “hey teacher leave the kids alone!”, pela voz do Carlinhos, outro convidado que para mim foi a maior descoberta da noite. Polegares, indicadores e mindinhos no ar. Guitarradas melodiosas a arranhar as colunas! The Metal is, indeed, Alive… e recomenda-se!





4 comentários:

Anónimo disse...

Deixaste-me com tanta pena de não ter ido...

Anónimo disse...

Olá Minhokinha linda. Estou plenamente de acordo quando dizes " quem tem um lead man com um sorriso daqueles tem tudo !"
Desse grupo só conheço o Sori.Todo ele é uma perfeição, é um doce -;)
É das coisas lindas de Cabo Verde !!!
Um beijinho muito grande para si Sori e muito sucesso.
-:)
Isabel

Anónimo disse...

olá minhokinha,
já uma vez te disse que se não existisses, teria de te inventar... agradeço-te do fundo do meu coração metalhead, és um doce...
espero ver-te soon
um beijão

sori

Anónimo disse...

gostei imenso
acho que resumiste da melhor forma como tudo aconteçeu.
grato pelo artigo

Stay Heavy

helker